Por Sandro meira para o portal CGIPU,
Publicado em: 24/07/24 - 04:42
Arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) descobriram um fosso monumental de 3.000 anos na Cidade de Davi, em Jerusalém. A estrutura, que mede 9 metros de profundidade e 30 metros de largura, servia como divisor entre a área residencial no sul e a cidade alta ao norte, onde se localizavam importantes edificações como o palácio e o templo.
A descoberta, que ocorreu durante escavações realizadas nos últimos 150 anos, confirma a descrição bíblica da cidade de Jerusalém como dividida em duas partes. O fosso, com suas encostas íngremes, reforçava a defesa natural da cidade e demonstra a complexa engenharia militar da época.
“Essa descoberta oferece uma nova perspectiva sobre os textos antigos e a topografia da cidade”, afirma o Dr. Yiftah Shalev, diretor da escavação. “O fosso, inicialmente interpretado como um vale natural, agora é reconhecido como uma estrutura artificial projetada para dividir a cidade e exibir o poder dos governantes.”
A análise dos arqueólogos indica que o fosso foi construído durante a Idade do Ferro, período que coincide com as narrativas bíblicas. A descoberta reforça a conexão entre os achados arqueológicos e os relatos dos Livros dos Reis e de Samuel.
“Essa é uma descoberta importantíssima que contribui para o nosso entendimento da história bíblica e da antiga Jerusalém”, destaca Eli Escusido, Diretor da IAA. “Continuaremos explorando os impactos dessa estrutura e as informações que ela revela sobre as defesas da cidade e a vida de seus habitantes.”
A descoberta do fosso na Cidade de Davi é mais um capítulo na rica história de Jerusalém e um lembrete do valor da pesquisa arqueológica para desvendar os segredos do passado.